A COP está de volta, já a partir de 31 de outubro em Glasgow. Com os preços da energia em alta nos mercados internacionais, será novamente o ambiente a “pagar a fava”? Com um equilíbrio ambiental cada vez mais frágil, o adiamento do investimento em energias renováveis terá consequências desastrosas.

A COP 26

A 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU vem relembrar o compromisso de descarbonização mundial, reforçado com o Acordo de Paris em 2015.

O último relatório do IPCC volta a evidenciar o papel das atividades humanas no aumento do aquecimento global, provando a urgência da transição dos combustíveis fósseis. Mas esta urgência não torna o processo mais simples. E a crise do preço dos mercados de energia é um exemplo claro.

O que é a COP 26?

A COP – “Conferência das Partes” – reúne os 127 países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Apesar de ser um evento anual, a COP 26 realiza-se de 31 de outubro a 12 de novembro em Glasgow, na Escócia, e é o primeiro encontro realizado após o início da pandemia da Covid 19.

De acordo com a Convenção das Nações Unidas, os quatro principais objetivos da COP 26 são: assegurar a neutralidade de carbono até 2050 e manter a meta de não ultrapassar 1,5 graus de aquecimento; criar medidas de adaptação para proteger comunidades e habitats naturais; potencializar a mobilização financeira e trabalhar conjuntamente para obter resultados.

O processo de transição

A COP 26 está a acontecer numa altura em que a transição dos combustíveis fósseis é de extrema importância, sendo a descarbonização a chave para mitigar o impacto das alterações climáticas.

De acordo com o último relatório anual da Agência Internacional de Energia, o petróleo, o gás e o carvão ainda representam 80% do consumo final de energia e são responsáveis por três quartos das alterações climáticas. Assim, se quisermos de facto atingir a neutralidade carbónica até 2050, os investimentos em projetos de energia renovável terão de triplicar nos próximos 10 anos. Mas essa transição não é um processo fácil, e o exemplo disso é o aumento crescente do preço de eletricidade.

O preço da eletricidade

Desde julho de 2021 que o preço de eletricidade não para de aumentar. O mês de outubro arrancou com um novo máximo histórico, que ultrapassou os 200 euros por Megawatt-Hora.

Estes aumentos relacionam-se, sobretudo, com a subida do preço do gás natural e com os custos das emissões de dióxido de carbono, provando uma vez mais a dependência ainda muito forte face aos combustíveis fósseis.

O papel das energias renováveis

De acordo com o relatório anual da Associação Portuguesa de Energias Renováveis, este setor representou 61% da geração de eletricidade em Portugal durante 2020, sendo que este valor aumenta para 75% no último mês desse ano. Desde 2005 que as energias renováveis desempenham um papel determinante no fornecimento de energia.

Apesar deste crescimento não ter sido suficiente para evitar a escalada do preço de eletricidade, a verdade é que a eletricidade renovável é determinante na redução da importação de combustíveis fósseis e na diminuição da dependência energética face ao exterior. Segundo o mesmo relatório da APREN, a energia renovável reduziu a dependência em 10% entre 2000 e 2020, com 11,3 mil milhões de euros de custos evitados desde 2011.

Os principais políticos europeus envolvidos na COP26 acreditam que a transição para as energias renováveis ​​vai ajudar a proteger a Europa das oscilações do mercado do petróleo e do gás. E a BE Bluenergy também.

A BE Bluenergy

A BE Bluenergy é uma empresa 100% portuguesa que tem vindo a consolidar a sua presença no mercado português da consultoria de energia e água. Já ajudamos autarquias, agências de energia e escolas, mas também empresas do setor privado, a poupar milhares de euros enquanto melhoram a sua imagem institucional e se consolidam como sustainable brands.

Aliando a poupança de recursos à sustentabilidade, vemos nas energias renováveis e no aumento da eficiência energética a chave para o fim da dependência energética e o início de um mundo mais azul.

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