Portugal já esgotou os recursos naturais de 2021
Portugal já esgotou recursos ambientais que deviam durar o ano inteiro. Desde o dia 13 de maio Portugal está a usar recursos naturais que só deveriam ser utilizados a partir de 1 de janeiro de 2022.
Os dados – calculados pela Global Footprint Network, em parceria com a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, assentes na diferença entre a produção e o consumo de recursos, mostram que a capacidade de renovação de recursos da Terra não está a suplementar de maneira eficaz as necessidades humanas.
O que é a Pegada Ecológica?
A contabilização da Pegada Ecológica é feita através do cálculo da relação entre os recursos produzidos pela natureza e os recursos consumidos pelas sociedades. Deste modo, é possível perceber quão rápido estamos a consumir recursos e a gerar desperdícios. Assim, um país torna-se deficitário e aciona o denominado crédito ambiental quando a pegada ecológica da população excede a sua biocapacidade (capacidade da Terra para fornecer recursos renováveis e serviços essenciais).
O esgotamento destes recursos tem sido uma preocupação mundial. Através do “Earth Overshoot Day” – que marca a data em que o consumo de recursos por parte do ser humano excede a capacidade de regeneração do Planeta Terra (em 2020 foi o dia 22 de agosto) – podemos perceber a urgência na mudança de hábitos e comportamentos.
Pegada Ecológica de Portugal
Segundo a associação Zero, a parceira oficial da Global Footprint Network em Portugal, há muitos anos que somos um país deficitário, face ao (des)equilíbrio entre os recursos produzidos e consumidos. Não obstante, o que é ainda mais preocupante é que o crédito ambiental é acionado cada vez mais cedo – este ano o esgotamento de recursos aconteceu 13 dias mais cedo que em 2020. Assim, seriam precisos mais dois planetas Terra para sustentar as necessidades de recursos, se todas as pessoas tivessem os comportamentos médios de um português.
Oportunidades pós- pandemia
A recuperação pós-Covid 19 pode ser uma oportunidade para Portugal (e o mundo) apostar num crescimento sustentável, assente não só na recuperação económica, mas também na promoção de boas práticas de consumo, que acima de tudo respeitem os limites do planeta.
Este é o momento chave para o alcance de uma economia circular, que lute contra o desperdício. Aproveitar esta recuperação de forma sustentável é apostar numa agricultura amiga do ambiente, melhorar hábitos de alimentação e investir em mobilidade suave (promoção do uso de bicicletas) ou coletiva (transportes públicos).
A responsabilidade ambiental assume repercussões ainda maiores quando falamos de grandes entidades. Dados da Agência Internacional da Energia mostram que em 2018 o setor residencial e o setor dos serviços foram responsáveis por aproximadamente metade do consumo global de eletricidade.
Deste modo, é natural que políticas de redução de consumo de recursos escassos de autarquias, municípios e outras entidades (como pequenas empresas, fábricas, escolas ou hospitais) são fundamentais numa ética de sensibilização e comunicação de uma imagem empresarial e institucional sustentável. Assim, a aposta na implementação de estratégias de monitorização e redução de consumo de recursos escassos pode ser parte da solução para o problema.
A mudança começa, primeiramente, em querer fazer melhor e diferente. Promover e praticar um modo estar sustentável começa na vigilância permanente dos nossos hábitos e na identificação de oportunidades de poupança ambiental e económica.
BE Bluenergy!
Desde o início que a principal missão da BE Bluenergy é a gestão de consumos e custos de água e energia dos nossos clientes, através do encontro de oportunidades de poupança que nos ajudam na busca por um planeta mais azul.
A monitorização desses consumos, aliada a um sistema de alertas de excelência, permite-nos identificar anomalias e/ou aumentos anormais de consumo, assim que os dados entram na nossa plataforma (sem a necessidade de validação humana).
Assim, esta gestão dedicada e permanente, aliada ao encontro de oportunidades de poupança e implementação dessas mesmas recomendações (otimização de tarifas, redução da potência contratada) permite aos nossos parceiros poupanças que ascendem os milhares de euros e a transição para novos hábitos sociais, económicos e ambientais.